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Análise: Sergio Pérez - Pontuar é o suficiente?

Pelo que vimos desde o início da temporada, ficar na zona de pontuação não é o bastante. Helmut Marko e alguns veículos de imprensa ainda criticam o mexicano por não estar no pódio com Max Verstappen.


Por: Jamile Salomão, Setorista.


Foto: Reprodução/Red Bull Content Pool

Sergio Pérez parece mesmo viver na sombra de seu companheiro de equipe e toda essa pressão tem induzido o piloto a uma série de erros. Erros bobos que afetam seu desempenho e o deixam ainda mais distante do holandês número 1 da Red Bull. Vimos isso acontecer em Miami, se repetir em Mônaco e novamente na Espanha. Até quando veremos o mexicano brigar com sua própria performance na tentativa de ocupar o segundo lugar no pódio?


A carreira de Pérez na Fórmula 1 teve início em 2011 pela Sauber e o GP da Espanha foi palco para seus primeiros pontos na categoria com a conquista do nono lugar na etapa. Esse ano também ficou marcado por um grave acidente sofrido pelo piloto em Mônaco (que viria ser palco de sua vitória em 2022), quando bateu no guard-rail ao sair do túnel e atingiu fortemente o muro de proteção. Sergio perdeu a consciência e foi levado ao hospital, onde foram constatadas uma fratura na perna esquerda e uma concussão. Ficou fora do GP e também da etapa seguinte disputada no Canadá.


O ano de 2012 marcou sua primeira ida ao pódio com um segundo lugar no Grande Prêmio da Malásia. Mais conquistas vieram e o piloto começou a escrever uma história com alguns destaques, mas os mesmos não eram suficientes para alcançar grande prestígio nas equipes que passava. O mexicano era visto como um piloto mediano, que seria ótimo parceiro pela capacidade de colaboração com o coletivo. Correu pela McLaren em 2013 - onde não pontuou e completou apenas três de seis corridas -, foi contratado pela Force India - onde realizou sua melhor temporada no ano de 2015 - e, quando a equipe se tornou Racing Point, mostrou que suas performances que oscilavam entre a zona de pontuação e o pódio eram de grande valia.


Sua história com a Oracle Red Bull Racing começou então em dezembro de 2020, quando foi anunciado como substituto de Alex Albon para a temporada 2021. Pérez teve um bom início: venceu o GP do Azerbaijão, o GP de Mônaco e tornou-se o maior vencedor mexicano na história da Fórmula 1. Porém, junto das vitórias vieram os conflitos internos com seu companheiro de time, o qual desde o princípio tinha um único objetivo traçado: ser campeão mundial.


Quando dois pilotos de uma mesma escuderia possuem um objetivo em comum, o mais lógico a se fazer é pensar numa estratégia que deixe ambos nas mesmas condições e que lhes permita proporcionar disputas saudáveis. Afinal, o bem comum, neste caso o Campeonato de Construtores, estaria bem encaminhado. Contudo, não foi o que vimos acontecer na RBR, que sempre priorizou Max e fez pedidos à Pérez que também priorizavam Verstappen.


O holandês conseguiu atingir com sucesso seu objetivo por duas vezes, como sabemos. Já Checo, segue amargando o posto de segundo piloto e lutando incansavelmente contra sua própria equipe para que eles permitam que ele também tente brigar frente a frente com o colega/rival. A imprensa é cruel em seus questionamentos, vive comparando os dois pilotos e afirmando que há uma discrepância visível entre eles mesmo com carros em semelhantes condições. No último final de semana, inclusive, tivemos o icônico embate entre Nico Rosberg e Christian Horner após o final da corrida, quando o ex-piloto e agora repórter, questionou o chefe do time austríaco:


“Você estava dizendo que Pérez fez uma boa corrida, mas acho que ele teve falta de desempenho, especialmente no início da corrida. Comparando com Max, houve uma grande diferença."

A resposta de Christian não poderia vir em tom mais paternal e nada amigável:


“Você é um cara bastante crítico, você é duro com esses caras! Agora que você não está no carro, fica feliz em criticar todos os pilotos. A corrida de Checo ficou cada vez mais forte e no último stint ele estava muito forte. Apenas não havia voltas suficientes para lutar pelo pódio."

Será que veremos esse Horner também na hora de decidir se libera a disputa entre seus pilotos na pista?























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